segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Dom Pedro José Conti

Artigo do Bsipo de Macapá
O “computador” de Deus
Acabo de saber pelos noticiários que está começando a funcionar, no país inteiro, um novo registro de nascimento. Se entendi bem, cada registro e, portanto, cada criança terá um código, e através desse conjunto de números será possível reconstruir todos os dados daquela pessoa: quando e onde nasceu, os pais, e, sobretudo, em qual cartório foi tirado o primeiro registro. No dizer do comentarista, se tudo funcionar bem, esse código evitará fraudes e a possibilidade de conseguir um ou mais registros de nascimento ao longo da vida, com nomes ou dados diferentes. Dessa forma também deveria ser impossível ter um segundo ou um terceiro CPF, assim como registros fiscais ou outros documentos de fantasmas, ou seja, de pessoas inexistentes. Assim nenhuma pessoa “fictícia” - ou falecida - poderia fazer negócios, receber aposentadoria ou votar. Muito bem. Talvez algo de semelhante precisará ser feito também com as pessoas “jurídicas”, para evitar a criação de firmas fantasmas, que emitem regularmente notas fiscais, recebem e administram dinheiro público, e nunca pagam impostos.
Chegamos, então, à conclusão que daqui a alguns anos, quando os atuais cidadãos ainda não fichados não existirem mais, toda a população estará registrada nos computadores públicos. Uma grande conquista, sem dúvida alguma. Significa, no mínimo, que será possível um censo da população quase diário. Querendo, todos os dias saberemos quantos estão vivos ou mortos, quantos homens e quantas mulheres estarão circulando por aí. Talvez até por onde andam. Se olharmos por sexo e faixa etária, será possível saber o tamanho do público masculino, feminino, infantil, juvenil e idoso. As indústrias especializadas capricharão em atender aos seus clientes e em criar produtos diferenciados. Tudo será mais fácil e transparente. Uma maravilha! É o progresso. Quem viver verá.
Nada contra, de jeito nenhum. Só fiquei pensando como serão as nossas paróquias e os nossos registros de batizado, casamento, etc. Nós também lidamos com registros de nascimento duvidosos. Sobretudo nos lugares onde as pessoas vem de fora e não são conhecidas. Certa vez um padre, colega meu, fez o casamento de um rapaz com o registro do irmão dele, acreditando que fosse solteiro. À pergunta do padre sobre o por quê tinha o nome diferente daquele pelo qual era chamado, o rapaz, mal intencionado, culpou o cartório pela troca dos nomes. Mais tarde, quando o outro irmão, o verdadeiro dono do registro, quis casar descobrimos a fraude: o primeiro já era casado, mas para aparecer livre e desimpedido tinha usado o registro do irmão ainda solteiro. Aquela vez a mentira teve mesmo pernas curtas.
Durante muitos séculos, e até há alguns anos, o registro de Batismo era o maior comprovante de existência de uma pessoa e o testemunho da idade dela. Ainda hoje, quando se aproxima a época de pedir a aposentadoria, os idosos aparecem nas paróquias. Tem idoso que, pelo fato de não lembrar nada do seu Batismo, pede para ser batizado novamente, para ter a certidão, e assim ele pensa garantir a aposentadoria. Era simples, quando o padre passava na comunidade, os pais primeiro batizavam a criança e, depois, iam à cidade, para fazer o registro de nascimento. Muitas vezes passavam anos, esqueciam das coisas, confundiam os filhos, e acabavam declarando nomes e datas diferentes daqueles apresentados ao padre na hora do Batismo. Isso nos dá um bom trabalho de busca nos livros de batizados ainda hoje.
Cada vez mais o Batismo de crianças, jovens e adultos não terá mais nada a ver com documentos de identidade ou aposentadoria. Terá que ser uma escolha dos pais, do jovem ou do adulto. Como nos primeiros séculos da vida cristã, quando as pessoas buscavam o Batismo para fazer parte da Igreja, ter acesso aos demais sacramentos da Iniciação Cristã (Crisma e Eucaristia) e continuar ativamente na vivência da própria fé.
Contudo, como Igreja, não podemos esperar que as pessoas decidam para o sim ou para o não ao Batismo, porque ninguém pode decidir livremente e conscientemente sobre assuntos que não conhece de maneira suficiente. Se antes muitas escolhas eram feitas por costume, de agora em diante a decisão terá que ser motivada pelo anúncio e pela capacidade da própria comunidade de testemunhar a força de transformação das pessoas, que a graça do Batismo e o compromisso da fé operam.
No novo registro civil, ninguém mais terá escrito “filho de pai desconhecido”. Também no “computador” infinito do amor de Deus Pai todos nós somos muito bem “registrados” como filhos e filhas amados por Ele. Cabe a nós corresponder com gratidão e livremente a esse amor.

sábado, 2 de janeiro de 2010

O presente da amizade

Artigo : Dom Pedro José Conti
Bispo de Macapá

Muitos anos atrás vivia, na Pérsia, um rei que amava o seu povo. Para conhecê-lo melhor ele tinha o costume de misturar-se no meio das pessoas com os mais variados disfarces. Um dia sentou-se numa esquina, e assim conheceu um homem que varria as ruas. Cada dia o rei voltava e sentava ao lado do gari, partilhava as suas humildes refeições e conversava longamente com ele. Desta forma o pobre acabou gostando do amigo desconhecido. Após muitos dias, finalmente, o rei decidiu revelar-lhe a sua verdadeira identidade e pediu para que escolhesse um presente que pudesse guardar como lembrança dele. O homem o olhou espantado, depois disse: “O Senhor deixou o seu magnífico palácio para vir aqui comigo cada dia, partilhou a minha vida difícil e a minha miséria. A outros poderia ter dado valiosos presentes, mas a mi m o Senhor deu a si mesmo. Portanto, peço-lhe somente uma coisa: de não me excluir nunca mais da sua amizade”.
Acabamos de celebrar o Natal, iniciamos o Ano Novo e com o domingo da Epifania continuamos a refletir sobre o sentido do nascimento de Jesus, o Menino-Deus. Podemos também acompanhar os Magos na busca dele seguindo a Estrela, até encontrá-lo e adorá-lo. Contudo devemos nos perguntar sempre o que ficará de tantos momentos bonitos vividos nestes dias, e de tantos bons sentimentos que este tempo faz surgir em nossos corações.
No Natal trocamos presentes, os Magos também abrem os seus tesouros e oferecem ao Menino os dons simbólicos do ouro, do incenso e da mirra. Ouro porque Jesus é Rei, incenso porque é a presença visível de Deus, mirra porque irá doar a sua vida na cruz. O maior presente, porém, é Ele mesmo, o Menino-Deus. E com ele a sua amizade, o seu amor.
A historinha da Pérsia, deveria servir para nos lembrar o valor da amizade e o sentido verdadeiro do amor. Um presente pode ser simples e modesto, como também sofisticado e caro; porém só tem sentido e valor quando é acompanhado pela sinceridade do afeto, do agradecimento e da amizade. Quando um presente é oferecido por pura formalidade, ou por interesse, pode ser usado, exibido, divulgado, mas vale por si mesmo, não pelos sentimentos da pessoa que o doou, porque não os têm. Cada presente “representa” alguém. Se for uma pessoa querida, o dom terá grande valor, se for alguém desconhecido ou pouco familiar, o dom dirá bem pouco a quem o recebe. Tudo isso para lembrar que, afinal, oferecendo presentes damos, em primeiro lugar, u m pouco de nós mesmos, dos bons sentimentos que o carinho por aquela pessoa suscita em nós.
Não esquecemos que também Herodes queria encontrar o Menino. O que lhe teria oferecido? Medo, raiva, inveja? Ainda bem que esses “pacotes” nunca foram entregues. Tomara que nenhum dos “presentes” que recebemos e oferecemos no Natal tenham sido embrulhados com esses maus sentimentos.
Deus continua a nos oferecem tantos dons! Todos exclusivos, fora de comércio e sem chance de troca. Agradecemos pouco e nem sempre usamos as dádivas recebidas para fazer algo de bom. Contudo o Natal nos lembra que o dom mais precioso de Deus foi Ele mesmo, por ter decidido partilhar a nossa condição humana e as nossas limitações. Ele sempre nos aguarda numa esquina da vida para nos oferecer novamente a sua amizade. Companheiro de caminhada, peregrino em busca de quem sofre, consolador dos aflitos, pronto para nos dar perdão, paz e esperança.
Nos próximos dias se apagarão as luzes do Natal. Guardaremos as imagens do Presépio, a árvore de plástico, as bolinhas brilhantes. Somente daqui a um ano, tudo de novo.
Pedimos que o Senhor nunca nos exclua da sua amizade. È o seu maior e inestimável presente. Ele quer ficar sempre conosco. Somos nós, às vezes, que o esquecemos, o trocamos, o desprezamos. Que Ele nos perdoe por mais um Natal de consumo e de superficialidade.
Nunca é tarde, porém. Sigamos a estrela, sigamos os Magos. Ainda podemos encontrar o Menino, para adorá-lo e oferecer-lhe um pouco da nossa pobreza em troca do seu inesgotável amor.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Ano novo / Novo Ano

JÁ ESTAMOS EM 2010, PELA GRAÇA E MISERICORDIA DE DEUS
Vamos imaginar que Deus colocou em nossas mão um grande livro em branco,
assim é o ano e 2010; o povo irá escrever, ,dia após dia, contando horas
Minutos, segundos, deste tempo que é de Deus. Por isso, devemos ter cuidado ao
escrever 2010.
Lembremos o que nos diz JESUS:
“EM MIM NADA PODEIS FAZER”
Hoje é o primeiro dia do ano, Louvemos á Santíssima Trindade pedindo Luz e sabedoria na caminhada junto com a Mãe do céu e os anjos e arcanjos
Só confiar na Infinita MISERICÓRIA JESUS.

JESUS EU CONFIO EM VÓS

Cruz Gloriosa da Divina Misericórdia


Iniciamos o nao de 2010, apresentando a Sa

nta Cruz Gloriosa de Jesus no pequeno monte da Avenida Ana Nery com a Rua São José. A cruz significa a vitória de Jesus sobre sangue e água derremado na cruz por nós. Que este sangue continue sendo derramodo sobre nós e a humanidade inteira.

Aniversário


Completando mais um ano de vida as duas apostólas Edna ( 27.12) e Maria ( 29.12). Os nossos parabéns e muitas felicidades

Confraternização de oração de final de ano


Coordenação


A coordenação se reuniu antes de findar o ano, para rever e avaliar assuntos ligados ao apostolado da divina misericórdia de 2009.